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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Sinceramente



As pessoas estão tão distantes de algo bom.
A chuva lava toda a angústia e tristeza...
Mas, deixa os lixos na estrada!

Estou olhando o céu, estou olhando meu presente.
E não há nenhum feixe de luz!

Pessoas morrem por tão pouco...

Eu preciso de mim sem dor...
Mas a dor é o presente de ações passadas.
Não consigo lembrar de meu último sorriso...
Mas sei que um dia, sinceramente sorri mesmo não sabendo o porque.
É tão difícil enxergar a estrela maior!

Eu preciso de mim junto à mim,
mas também preciso estar distante de minhas atitudes!
Talvez eu necessite ser um alquimista e, ignorantemente acreditar que exista o elixir da felicidade
Ou talvez eu precise de não estar aqui...
Espero não ser covarde quando isso acontecer!


                                                                                                                                       Warner Araújo.

Ampulheta

 

Tanto tempo faz e aqui ainda estou,
à espera de meu bem, que de mim se afastou.
Ainda aguento a dor que faz toda distância,
por erros no passado, vivos na lembrança.
Você me fez tão bem e eu não dei valor.
Agora o que à mim resta é me entregar a dor.

Quisera eu ainda com você estar.
Já passou meu tempo, mas a esperança é o renascer.

Como podes ver, aqui ainda estou.
Olhando pra você e te vendo seguir...
Relembro das noites quando não eram assim tão frias.
E tão logo ao abrir os olhos,
ainda ouvia-se um bom dia.

Agora não há mais nada que eu possa fazer...
Apenas abraçar a lama que em mim ainda restou.
Andar por aí com sorrisos fingidos
e não transparecer os resíduos da dor.

                                       
                             Warner Araújo. 
                                                                                                                                                27/07/2012.  


sábado, 1 de outubro de 2011





Acho que já estou me recolhendo...
Visto que, pouco a pouco o espírito vaga.
dentre circunstâncias, o conturbado está à vista...
Como manifestações psicossomáticas.
No escuro, mente vazia...
Tremor, impacto.

O gritar do universo num único universo
A transgressão do corpo para com a alma.
Um vácuo dentre o vácuo...
Lágrima no mar.




Eu quero ver o que em meu mundo ainda restará diante de tanta dor.
Não quero esperar a tal chamada hora que irá chegar,
tão breve quanto o amanhecer.
Passada a época da qual eu fazia parte de um modo real,
onde o mundo era podre e sem culpas.
Eu sou algo que não imaginava para ninguém...
Apodreço dentro de mim.

A salvação dorme ao meu lado, dorme... apenas dorme,
nem se quer me observa a meios olhos.
O abraço da culpa não vem com horror
tão pouco com amor.
É algo tão vazio quanto essa idéia de paraíso pós morte natral,
ou seja ela qual for.
A nossa semente está cerscendo e eu estou diminuindo,
por fora a carne já não aguenta mais...
Nado em copos vazios...
Apodreço dentro de mim.

O eu lírico não é algo bom para se viver,
mas é nele que estou trancafiado.
Como em um número de mágica falho onde estou submerso e acorrentado.
A flor seca à cada respirar.
Estou ficando ofegante, não quero ver a natureza morta.
O meu natural... onde está?
Surreal... eu sou o surreal!
Se viver é isso tudo... eu, definitivamente não quero mais brincar!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Liliane


Luz dos olhos teus, nos meus enfestam
Como tudo que possa vir a ser, os sentidos escapam.
Me vejo sempre à pensar em estar ao teu lado
E ao mesmo tempo em falar que sem você não há razão...
Transpareço tudo com o olhar
Pois as palavras fogem, vão...
E quando somes à visão,
É só dor...
Luz dos olhos teus, aos meus são versos.

Warner Araújo.
15/11/2004.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Contramão




Resíduos de palavras e algumas ações que não fazem bem
É o fim de um futuro dentre um presente arrancado por outrem
Afastando aquele que um dia tentou ajudar

Chuto razões comparando ações
O mesmo fez o outro alguém

Passo o meu tempo à procura de um dia perfeito

Ou quase, assim por dizer...

Mas outro vem e impede-me de ir mias além.


Warner Araújo.
22/01/2011.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O milagre do gênesis




Semeando a paz os versos se propagam
como o amor em ascensão
Longe do véu da tristeza o êxtase
Longe do êxtase o presente cruel
Tudo no mundo muda
Seja para melhor ou pior


Piada revelada sob a face da fome
De ninguém mais é a culpa além do homem
A liberdade é clara para todos
Que ainda sim teimam em abraçar a ignorância


O que faz descobrir uma alma inexistente

Celebrando as causas em que não podem ser conhecidas em si mesmas
mas somente por seus efeitos
De transformar cinzas em cinzas.

terça-feira, 20 de abril de 2010


Agora eu quero falar poucas palavras sóbrias
Sobre uma vida que por assim dizer intensamente não vivi.
Ainda é cedo eu sei, porém, existe sempre um talvez!
Eu só queria apenas outra vez poder sorrir...
Eu quero agora apenas ficar quieto,
Curtir a lama que ficou em mim...
Os sentimentos engarrafados e a alma enlatada, sim
Talvez pudesse eu mudar, mas só você poderá me levantar!

Por assim dizer,
estou atordoado por estar distante até de mim mesmo
diga-se de passagem,
Desde o dia em que a estrela não brilhou mais para mim
Estou trancado em meu mundo.

Warner Araújo.
20/04/2010.