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sábado, 1 de outubro de 2011





Eu quero ver o que em meu mundo ainda restará diante de tanta dor.
Não quero esperar a tal chamada hora que irá chegar,
tão breve quanto o amanhecer.
Passada a época da qual eu fazia parte de um modo real,
onde o mundo era podre e sem culpas.
Eu sou algo que não imaginava para ninguém...
Apodreço dentro de mim.

A salvação dorme ao meu lado, dorme... apenas dorme,
nem se quer me observa a meios olhos.
O abraço da culpa não vem com horror
tão pouco com amor.
É algo tão vazio quanto essa idéia de paraíso pós morte natral,
ou seja ela qual for.
A nossa semente está cerscendo e eu estou diminuindo,
por fora a carne já não aguenta mais...
Nado em copos vazios...
Apodreço dentro de mim.

O eu lírico não é algo bom para se viver,
mas é nele que estou trancafiado.
Como em um número de mágica falho onde estou submerso e acorrentado.
A flor seca à cada respirar.
Estou ficando ofegante, não quero ver a natureza morta.
O meu natural... onde está?
Surreal... eu sou o surreal!
Se viver é isso tudo... eu, definitivamente não quero mais brincar!

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